Nascido em São Paulo, mas baseado desde pequeno em Embu das artes, Heitor adotou a cidade
como berço de inspiração para suas obras. Começou a pintar nas ruas ainda em 2010,
fortemente influenciado por desenhos animados, vídeo games e histórias em quadrinhos.
Em 2015, formou-se em design gráfico, o que contribuiu para o aprofundamento técnico e
teórico de suas obras, mas foi nas ruas onde mais pôde aplicar seu aprendizado.
Sua técnica também apresenta uma evolução visível aos olhos, evoluindo a cada dia, com leveza
e precisão necessárias para transitar de superfícies públicas, externas e de maiores proporções,
para as telas.
Em 2017, ainda buscando sua identidade própria, encontrou uma poética voltada para um
mundo robótico e mecânico, criando uma reflexão sobre a atual sociedade de consumo, a
obsolescência programada, a superficialidade nas relações humanas, questões que para o
artista, estão diretamente ligadas com a o fenômeno atual de mecanização das pessoas, talvez
inconsciente, mas cada vez mais frequente.
Deste modo, existe uma crítica social refletida em suas obras, onde Heitor busca humanizar as
máquinas, resgatando sentimentos, valores de uma vida simples, o contato com a natureza e
até mesmo as crises existenciais.
Em um primeiro momento, Heitor pode ser visto como um artista que retrata em suas telas o
futuro, mas a sua essência poética é muito mais voltada para um questionamento do presente
e um resgate do passado.
Em 2021, ainda que em meio crisde decorrente da pandemia, deve concluir sua primeira
exposição individual, no shopping Frei Caneca em São Paulo.