Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, é filho do pintor baiano Milton Brasil.
Aos 5 anos de idade já manifestava capacidade e criatividade excepcionais para o desenho e a pintura, e em 1968, mudou-se para São Paulo, onde, aos 12 anos ganhou sua primeira medalha de ouro na II PINARTE de Pinheiros, o que faz dele um artista autodidata desde o início de sua carreira. A convivência direta com índios, tribos africanas e com os encantamentos do candomblé, o permitiu vivenciar esses personagens e sua cultura de maneira muito visceral, e acrescentou as suas obras um conhecimento intrínseco de seus hábitos, situações e emoções. Consolidou sua
carreira através de sua obra figurativa, composta principalmente por imagens da terra: índios, negros e caboclos, cercados por textura e cores marcantes. Sua temática, que costuma ser bem comum na pintura, diferencia-se claramente, além de sua técnica avançada, pela sua despreocupação em retratar essa cultura por seu aspecto alegórico ou figurativo, e sim pela profundidade com que ressalta suas idiossincrasias e desejos, preservando e eternizando a cultura brasileira. Seu trabalho ganhou fronteiras para muito além de seu país de origem. Morou na Suíça por
cerca de 6 meses, o que lhe permitiu expor seu trabalho em diversas ocasiões, exposições e até museus pela Europa, tornando-se conhecido internacionalmente. Suas obras ganharam o mundo através de diversas importantes coleções e até hoje possuem bastante relevância no cenário que evoca e retrata a cultura brasileira através das artes plásticas.